sábado, 7 de maio de 2011

Ao som do berimbau




Fim de uma tarde de sexta feira, ao toque do berimbau e do tambor num ritmo contagiante, os integrantes do Projeto Alma chamam a atenção dos estudantes da UFMA para a roda. A capoeira vai começar. O pátio da universidade torna-se o local da celebração da cultura negra.
As demonstrações de capoeira na Universidade Federal do Maranhão é uma iniciativa do Projeto Alma, fundado em março de 2010 e coordenado pela professora Herli de Sousa Carvalho, que vem desenvolvendo junto com os capoeiristas as rodas por considerar de relevância ao meio acadêmico e a cultura negra.

“É importante disseminar a cultura negra, e aqui na UFMA há também os cotistas – cotas de negros”.

A primeira roda atraiu alguns universitários, hoje praticantes do esporte. Como estudante de Comunicação Social Mário Lima, que viu nas rodas de capoeira uma oportunidade, teve “interesse de fazer desde a infância, mas tive oportunidade agora”. E a continuidade do projeto deve-se a esta boa receptividade dos alunos, como ressalta a professora Herli:

“É um projeto que envolve todos os cursos, a receptividade é boa, provoca a participação”.

O capoeirista e professor de psicologia, Fabio Cárdias, trouxe da Universidade de São Paulo para Imperatriz este esporte, e na UFMA encontrou o local ideal para disseminar esta cultura “ A capoeira é um caminho de alto iluminação e a UFMA agora é minha casa”.
Depois da demonstração, repleta do som do berimbau, das palmas dos participantes e das performances dos capoeiristas, o acontecimento é encerrado com uma homenagem “Dedicamos esta roda as crianças mortas naquela escola e a família do Adão”- estudante de enfermagem, cujo o pai morreu recentemente. A roda se desfaz deixando uma mensagem de paz e protesto.

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