terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Diversas linguagens artísticas do HIP HOP encerram o IV Simpósio
Sarau revela talentos em noite cultural da Ufma
A segunda noite cultural do IV Simpósio de Comunicação teve como atração um sarau protagonizado por estudantes da Ufma.
Intitulada “Pratas da casa”, a festa chamou a atenção do público presente. O evento foi prestigiado tanto por participantes do Simpósio quanto por alunos dos cursos noturnos e pelo público externo, atraídos pela boa música de Marcela Barros e Anderson Lima, que abriram as apresentações.
A cantora é aluna do oitavo período de Jornalismo. A voz aveludada prendeu a atenção da platéia, que por várias vezes pediu bis. Marcela canta na noite imperatrizense há dois anos, e a convite do Projeto Comcultra abrilhantou o sarau.
Marcela avalia como muito positiva a apresentação e descreve a recepção do público da Ufma como acolhedora e calorosa e diz que sentiu-se em casa . A iniciativa é muito positiva. A Ufma é um celeiro de talentos, da música e das artes em geral. “Muitas vezes não se tem espaço pra isso, mas a universidade está oferecendo este”, observa.
Outro convidado foi o aluno do 5º período de jornalismo, Mário Lima. O estudante apresentou uma de suas composições Pra sempre, entre outras canções da MPB. Mário nos relata, antes de sua apresentação, estar muito à vontade. “É como se eu fosse cantar na minha casa, já que estou no meio de amigos. Não estou nem um pouco nervoso”, disse.
A Profª Msc Letícia Cardoso, coordenadora do Comcultura, comenta ter alcançado as expectativas para esse evento, dada a resposta do público. "Não poderia ser melhor. A empolgação das pessoas, a participação dos alunos, me deixou muito feliz. Estou muito surpresa. O nosso objetivo principal com este evento foi ter dado oportunidade para os talentos se revelarem e serem reconhecidos na cidade", pontua.
Ao todo, 12 artistas, da comunidade em geral e da universidade, se inscreveram para participar do Sarau, de forma voluntária, e muitos outros não conseguiram mostrar seu trabalho pela limitação de tempo do evento, o que reflete a falta de espaços públicos para os artistas iniciantes em Imperatriz.
A seguir o video de Nicia de Oliveira do Sarau dos artistas da UFMA:
Acompanhe também a cobertura deste evento no site Imperatriz noticias:
http://imperatriznoticias.com.br/component/content/article/60-geral/2144-sarau-pratas-da-casa-um-garimpo-na-universidade
Creditos das fotos: site Imperatriz Noticias.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Dança do Lindô marca primeira noite cultural no IV Simpósio de Comunicação
Por Geovana Frasão
Na Primeira noite cultural do IV Simpósio de Comunicação, o Projeto Comcultura levou ao pátio da Ufma um dos mais tradicionais grupos folclóricos de Imperatriz, o Batalhão Real, liderado por Dona Francisca do Lindô.
Dona Francisca é moradora do bairro Santa Inês e a dança do Lindô é praticada e difundida por ela há mais de três décadas, tanto que com o passar do tempo tornou-se um complemento do seu nome, sendo conhecida em toda a região pelo trabalho e dedicação com que propaga e divulga a cultura do Lindô.
Os dançarinos são todos familiares de dona Francisca. Filhos, netos, genros e noras, perpetuam a tradição aprendida por Francisca ainda na infância.
José Regivaldo, filho da mestra, dança desde criança e afirma “ter muito gosto pelo ensinamento da mãe”. Regivaldo diz ainda que o grupo realiza muitas apresentações na cidade e nos arredores. “Muita gente gosta da dança, é muito bom quando as pessoas valorizam. Infelizmente tem gente que discrimina acha que é macumba, mas aqui na Universidade foi muito bom, porque eu nunca tinha visto as pessoas entrarem na dança como aconteceu, isso me deixou muito feliz, nunca imaginei uma coisa dessa”, confidenciou.
O cd Batalhão Real foi lançado durante o evento. Além de composições típicas do lindô apresenta também a mangaba, outro ritmo característico do grupo. A apresentação ao vivo de dona Francisca e seu grupo empolgou o público presente, que não se conteve e entrou na roda. O gingado envolvente atraiu a comunidade acadêmica que respondeu com muitos aplausos à apresentação.
A estudante de jornalismo Carla Dutra comenta sobre a importância de eventos como este para a academia. “Geralmente se conhece pouco sobre a cultura local e uma iniciativa como esta de trazer à Universidade algo que fica ‘distante’ de nós, chama muito a atenção porque nos mostra o quanto não conhecemos o que nossa cidade tem pra oferecer”, analisa.
Dona Francisca canta, toca e ainda orienta os brincantes. O tempo todo gesticula, organiza e observa cada momento da dança.
A estudante e pesquisadora Lúcia Pacheco acompanha o trabalho de Francisca do Lindô e diz que ficou muito surpresa com a interação do público com os dançantes. “Me surpreendi, não esperava que isso fosse acontecer. As pessoas interagiram de maneira não forçada, de brincadeira foram entrando e de repente tomaram a roda”, confessa. A pesquisadora ainda comenta a importância da iniciativa que segundo ela é uma oportunidade das pessoas conhecerem outros movimentos culturais diferentes dos oferecidos pela mídia.
Francisca do Lindô relata que a dança é própria do período da quaresma, mas durante todo o ano acontecem os ensaios e apresentações. “No início quando chegou ao Brasil, a nome era dança do lindo, com o tempo ficou dança do lindô. Primeiro chegou na cidade de Caxias e quando eu mudei pra Imperatriz eu trouxe a dança. Isso já tem mais de trinta anos”, explica. Essa foi a primeira apresentação depois que ficou viúva há um ano, dona Francisca fala com carinho dom marido que não queria que ela deixasse de fazer a dança que gosta tanto, e alega ter sido muito boa a noite e os aplausos dos presentes.