terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Diversas linguagens artísticas do HIP HOP encerram o IV Simpósio



O Hip Hop invadiu as dependências da UFMA de Imperatriz no dia 3 de dezembro: rappers, skatistas, grafiteiros, dançarinos de brake, crítica sócio-política, aliada a muita animação do público fizeram a festa promovida pelo Projeto Comcultura, na última noite cultural do IV Simpósio de Comunicação.
A festa temática contou com o grupo Depoimento Pessoal, composto
por Marcos Fly, Fábio Bonfim e Dj Broncks, que mandaram bem no hip hop ao vivo e na discotecagem de um variado repertório. A apresentação fechou o encontro com a marca registrada desse segmento
musical: letras de contestação. Tudo a ver com a proposta trabalhada no Simpósio: "Jornalismo, política e sociedade".

Broncks t
em mais de vinte anos de carreira. Para ele, o público universitário é especial, muito diferente do que está acostumado. Antes do show confessou estar apreensivo, mas muito entusiasmado pela apresentação.
Além dos rappers, houve a apresentação de brake, dança de rua típica do movimento Hip Hop, com o Grupo GNT Brake Dance. Os meninos arracaram aplausos da platéia com suas performances inusitadas. Um telão montado no ‘palco’ mostrando ao vivo a dança, compunha o cenário. Uma demonstração de grafitagem, do artista Patrick, feita num mural especialmente para a ocasião deu um toque a mais ao evento.

Apesar dos aplausos, algumas pessoas se queixaram do estilo musical, que ainda sofre bastante preconceito na cidade. Em off, uma acadêmica confessou que não se interessa por esse gênero musical e acha as letras enfadonhas. Disse ter ouvido outras reclamações. O comentário ilustra o quanto é vigente o desconhecimento em relação às cultur
as “marg
inais”. Contudo, a universidade - espaço por excelência da pluralidade de discursos, vozes e linguagens - aos poucos vai se abrindo para essas manifestações artísticas de cunho popul
ar.
Acompanhe a vivência deste evento no site Imperatriz Noticias:http://www.imperatriznoticias.com.br/component/content/article/60-geral/2134-arte-cultura-e-politica-uma-noite-universal

Sarau revela talentos em noite cultural da Ufma

Por Geovana Frasão


A segunda noite cultural do IV Simpósio de Comunicação teve como atração um sarau protagonizado por estudantes da Ufma.

Intitulada “Pratas da casa”, a festa chamou a atenção do público presente. O evento foi prestigiado tanto por participantes do Simpósio quanto por alunos dos cursos noturnos e pelo público externo, atraídos pela boa música de Marcela Barros e Anderson Lima, que abriram as apresentações.

A cantora é aluna do oitavo período de Jornalismo. A voz aveludada prendeu a atenção da platéia, que por várias vezes pediu bis. Marcela canta na noite imperatrizense há dois anos, e a convite do Projeto Comcultra abrilhantou o sarau.

Marcela avalia como muito positiva a apresentação e descreve a recepção do público da Ufma como acolhedora e calorosa e diz que sentiu-se em casa . A iniciativa é muito positiva. A Ufma é um celeiro de talentos, da música e das artes em geral. “Muitas vezes não se tem espaço pra isso, mas a universidade está oferecendo este”, observa.

Outro convidado foi o aluno do 5º período de jornalismo, Mário Lima. O estudante apresentou uma de suas composições Pra sempre, entre outras canções da MPB. Mário nos relata, antes de sua apresentação, estar muito à vontade. “É como se eu fosse cantar na minha casa, já que estou no meio de amigos. Não estou nem um pouco nervoso”, disse.

A Profª Msc Letícia Cardoso, coordenadora do Comcultura, comenta ter alcançado as expectativas para esse evento, dada a resposta do público. "Não poderia ser melhor. A empolgação das pessoas, a participação dos alunos, me deixou muito feliz. Estou muito surpresa. O nosso objetivo principal com este evento foi ter dado oportunidade para os talentos se revelarem e serem reconhecidos na cidade", pontua.

Ao todo, 12 artistas, da comunidade em geral e da universidade, se inscreveram para participar do Sarau, de forma voluntária, e muitos outros não conseguiram mostrar seu trabalho pela limitação de tempo do evento, o que reflete a falta de espaços públicos para os artistas iniciantes em Imperatriz.








A seguir o video de Nicia de Oliveira do Sarau dos artistas da UFMA:



Acompanhe também a cobertura deste evento no site Imperatriz noticias:

http://imperatriznoticias.com.br/component/content/article/60-geral/2144-sarau-pratas-da-casa-um-garimpo-na-universidade

Creditos das fotos: site Imperatriz Noticias.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Dança do Lindô marca primeira noite cultural no IV Simpósio de Comunicação














Por Geovana Frasão

Na Primeira noite cultural do IV Simpósio de Comunicação, o Projeto Comcultura levou ao pátio da Ufma um dos mais tradicionais grupos folclóricos de Imperatriz, o Batalhão Real, liderado por Dona Francisca do Lindô.

Dona Francisca é moradora do bairro Santa Inês e a dança do Lindô é praticada e difundida por ela há mais de três décadas, tanto que com o passar do tempo tornou-se um complemento do seu nome, sendo conhecida em toda a região pelo trabalho e dedicação com que propaga e divulga a cultura do Lindô.

Os dançarinos são todos familiares de dona Francisca. Filhos, netos, genros e noras, perpetuam a tradição aprendida por Francisca ainda na infância.

José Regivaldo, filho da mestra, dança desde criança e afirma “ter muito gosto pelo ensinamento da mãe”. Regivaldo diz ainda que o grupo realiza muitas apresentações na cidade e nos arredores. “Muita gente gosta da dança, é muito bom quando as pessoas valorizam. Infelizmente tem gente que discrimina acha que é macumba, mas aqui na Universidade foi muito bom, porque eu nunca tinha visto as pessoas entrarem na dança como aconteceu, isso me deixou muito feliz, nunca imaginei uma coisa dessa”, confidenciou.

O cd Batalhão Real foi lançado durante o evento. Além de composições típicas do lindô apresenta também a mangaba, outro ritmo característico do grupo. A apresentação ao vivo de dona Francisca e seu grupo empolgou o público presente, que não se conteve e entrou na roda. O gingado envolvente atraiu a comunidade acadêmica que respondeu com muitos aplausos à apresentação.

A estudante de jornalismo Carla Dutra comenta sobre a importância de eventos como este para a academia. “Geralmente se conhece pouco sobre a cultura local e uma iniciativa como esta de trazer à Universidade algo que fica ‘distante’ de nós, chama muito a atenção porque nos mostra o quanto não conhecemos o que nossa cidade tem pra oferecer”, analisa.

Dona Francisca canta, toca e ainda orienta os brincantes. O tempo todo gesticula, organiza e observa cada momento da dança.

A estudante e pesquisadora Lúcia Pacheco acompanha o trabalho de Francisca do Lindô e diz que ficou muito surpresa com a interação do público com os dançantes. “Me surpreendi, não esperava que isso fosse acontecer. As pessoas interagiram de maneira não forçada, de brincadeira foram entrando e de repente tomaram a roda”, confessa. A pesquisadora ainda comenta a importância da iniciativa que segundo ela é uma oportunidade das pessoas conhecerem outros movimentos culturais diferentes dos oferecidos pela mídia.

Francisca do Lindô relata que a dança é própria do período da quaresma, mas durante todo o ano acontecem os ensaios e apresentações. “No início quando chegou ao Brasil, a nome era dança do lindo, com o tempo ficou dança do lindô. Primeiro chegou na cidade de Caxias e quando eu mudei pra Imperatriz eu trouxe a dança. Isso já tem mais de trinta anos”, explica. Essa foi a primeira apresentação depois que ficou viúva há um ano, dona Francisca fala com carinho dom marido que não queria que ela deixasse de fazer a dança que gosta tanto, e alega ter sido muito boa a noite e os aplausos dos presentes.